Volta às aulas – cuidados
com a saúde
Na próxima semana a rotina escolar tem início e com ela, o
frio e doenças de inverno
Por Dra. Priscila Zanotti Stagliorio
Pediatra e Médica de Emergência Infantil
O inverno está praticamente na metade e a criançada ainda
enfrentará dias muitos frios segundo os meteorologistas. E nesta época do ano é
comum o uso de toucas e cachecol, além janelas fechadas e pouca circulação de
ar nos recintos onde as crianças ficam nos dias de clima mais amenos. Tais
práticas podem prejudicar a saúde das crianças e ainda proliferar bactérias e
fungos pelos ambientes. No texto de hoje falo um pouco dos cuidados que devemos
ter dentro e fora das salas de aulas de nossas crianças e dar dicas para evitar
o contágio de doenças e outros incômodos.
Cuidado com o piolho!
O piolho não é um bicho que gosta apenas de verão ou
primavera. Ele se manifesta durante o ano todo e, no inverno, especialmente
ocorre em maior grau devido as crianças (e adultos também) ficarem mais
próximos, agarradinhos para se esquentarem e compartilharem tocas e gorros para
protegerem-se do frio. E se dentre a essas pessoas alguém estiver contaminado
com piolhos, é inevitável a transmissão.
O piolho não pula e não voa. A transmissão acontece de pessoa
para pessoa no contato entre elas – abraço com a aproximação das cabeças,
compartilhamento de acessórios como toucas e cachecol, além de outros. A lêndea
não passa de pessoa para pessoa, mas o piolho sim e a fêmea adora mudar de
endereço, assim como infesta a cabeça alheia botando muitos ovinhos, que dentre
oito ou nove dias se abrem para outros milhares de bichinhos.
Caso ocorra com o seu filho, fale com a pediatra para saber
qual o melhor tratamento e maneira de eliminar o problema. Evite enviar a
criança para a escola ou para locais onde há outras pessoas. Manter a higiene é
um dos pontos favoráveis, mas lembre-se – o piolho não escolhe sexo, idade,
classe social e muito menos se a pessoa lava ou não o cabelo.
Conjuntivite também ocorre no inverno!
No inverno os dias são mais secos e
com eles maior índice de poluição e baixa umidade do ar. Se não fosse só isso,
as pessoas correm para shoppings, cinemas e áreas mais fechadas para lazer e
protegerem-se do frio. Em ambientes como escola, creches e até em casa as
janelas costumam ficar fechadas impedindo a renovação do ar e favorecendo a
proliferação das bactérias e fungos. Inevitavelmente a conjuntivite, que pode
ser viral ou bacteriana se torna um problema e atingir muitas pessoas de uma só
vez.
Vale ressaltar que aos primeiros
sinais de coceira, olhos vermelhos, lacrimejamento, secreção, sensação de areia
nos olhos, ardência, sensibilidade à luz e inchaço das pálpebras, procure um
médico especialista para tratar logo no início. A conjuntivite dura em torno de
duas semanas e precisa sim de tratamento específico indicado por um
especialista.
Cuidado com as viroses, elas podem te pegar!
Quando falamos em viroses para as
mães, geralmente elas se arrepiam e ficam aflitas por não saberem bem o que é e
como tratar as crianças. Diferente do que o dito popular sugere que virose é um
nome dado para uma doença sem investigação, a virose tem sim um fundamento e é
tratada de acordo com os sintomas e estado clínico de cada paciente.
Para esclarecer, todas as doenças
são provenientes de algum vírus ou bactéria. Temos como exemplo a catapora,
dengue, herpes e até a gripe como manifestação a partir de algum vírus,
portanto, são viroses. Existem as viroses de trato respiratório e dermatite
também. Os sintomas de doenças transmitidas por vírus podem ser semelhantes
entre alguns, mas o tratamento sempre é indicado de acordo com a necessidade de
cada paciente e é importante que a criança ou pessoa doente seja sempre
diagnosticada por um médico. É necessário dize, ainda, que a automedicação é um
costume perigoso e piorar o quadro clínico do paciente, além alimentar superbactérias.
Aos primeiros sinais de dores no
corpo, febre, falta de apetite, diarreia ou qualquer outro estado que
comprometa a rotina da criança e ela fique amoada, sem disposição e pique para
brincar, fale com o seu pediatra e, se necessário, leve-a ao pronto
atendimento. O mais importante é saber como agir, para isso, tente falar com o
pediatra antes de sair correndo para o pronto socorro infantil!
Beba muita água e hidrate-se!
A água é nossa fonte de vida! Podemos ficar sem comer por
mais de três dias, mas sem beber água não! Por isso, mesmo no inverno é
importante nos hidratarmos e ingerir em média dois litros de água por dia. E é
comum não sentir sede ou necessidade de tomar água com frequência no inverno,
mas podemos acrescentar alguns ingredientes para torna-la mais atrativa e
consequentemente com maior consumo ao longo do dia. As dicas são: faça chás
(sem o uso de açúcar) e sucos naturais (pode diluir em água). Caso goste,
aposte m água de coco e sob recomendação da pediatra, também, em isotônicos.
A hidratação do corpo é benéfica
para a saúde da pele, dos cabelos, unhas, olhos e para todas as funções que o
organismo desenvolve. Quando o xixi está muito amarelo ou sentimos dores nas
costas na região próxima a bacia pode ser sinal de que é necessário a ingestão
de mais água. Fale com a sua pediatra para esclarecer dúvidas e orientações.
Recomendações Finais:
- Alimente-se de maneira saudável, dê preferência para
alimentos orgânicos e não industrializados.
Evite frituras e embutidos que são carregados de substâncias
não apropriadas para o organismo.
- Ingira muita água e hidrate a criança ao longo do dia.
- Ao primeiro sinal de mudanças no comportamento e ou
mal-estar da criança, não hesite, fale com o pediatra de costume e ou, em
emergências, procure o pronto atendimento infantil para o diagnóstico correto
da criança.
- Como recomendação primordial para evitar epidemias de
doenças e viroses, evite mandar a criança para escola quando estiver doente ou
sem condições apropriadas para atividades.
- Mantenha a rotina de higiene comum, verifique se a criança
se queixa de coceiras na cabeça ou no corpo, assim como dê atenção aos
comportamentos atípicos.
- Nunca automedique a criança, isso pode colocar a vida dela
em risco e favorecer o aparecimento de superbactérias. A saúde é o bem maior
que podemos garantir aos nossos filhos.
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Sobre Dra.
Priscila Zanotti Stagliorio
É
médica pediatra há mais de dez anos, atua na zona norte de São Paulo, em
consultório particular, no Pronto Socorro do Hospital São Camilo – unidade
Santana, e na rede Dr. Consulta – unidades Tucuruvi e Santana. Em seu currículo
possui diversas participações em congressos, cursos de especialização e
atuações em prontos socorros, clinicas e ambulatórios médicos da grande São
Paulo – Capital. Oferece curso personalizado para gestantes e mamães com
recém-nascidos, com o objetivo de ajudá-las na mais importante missão de suas
vidas: ser mãe. Para solicitar informações sobre os cursos escreva para: priscilazs@yahoo.com.br / dicasdepediatraemae@gmail.com
/ contato@jcgcomunicacao.com - coloque no assunto a informação que deseja saber
e ou solicitar. O consultório está localizado na Av. Leôncio de Magalhães, 395,
Santana- SP / 11- 2977-8697.
Colaboração textual:
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Comunicação e MKT
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