Febre Amarela
A doença é transmitida por dois mosquitos
diferentes, mas evoluem da mesma maneira
Por Dra. Priscila Zanotti Stagliorio
Febre alta, dor muscular forte, mal-estar, calafrios, vômito
e diarreia são alguns dos sintomas da febre amarela, que pode ser confundida,
inicialmente, com outras doenças. Em geral, a doença evolui de maneira benigna,
mas cerca de 15% do total de casos pode apresentar sintomas graves. No mundo,
estima-se que a febre amarela provoca cerca de 30 mil mortes, sendo 90% só na África,
e 200 mil infecções anuais, em regiões tropicais da América do Sul e da África.
Porém, antes de falarmos sobre a doença que vem assustando
moradores de Minas Gerais e algumas cidades paulistas, que até o último final
de semana (15/01) registrou mais de 135 casos suspeitos e cerca de 38 óbitos, vamos
entender os dois tipos de febre amarela existentes: silvestre e urbana.
Transmissão e tipos:
Vale ressaltar que a transmissão da febre amarela não ocorre
de pessoa para pessoa e sim quando um mosquito pica uma pessoa e ou um primata
(macaco) infectado e depois pica outra pessoa saudável. Veja abaixo os diferentes tipos:
Febre amarela
urbana – transmite o vírus flavivírus e é caracterizada
pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite dengue, Chicungunha e Zika Vírus.
Febre amarela
Silvestre – também transmite o vírus flavivírus,
mas o mosquito se contamina originalmente com a primeira picada em primatas
não-humanos (macacos) que vivem em florestas tropicais. Os vetores são as
fêmeas dos mosquitos Haemagogus e o
Sabethes, que vivem nas matas e na beira dos rios.
Sintomas e evolução da doença:
Os sintomas e a evolução da doença,
para ambos tipos, é igual, com incubação de três a seis dias após a picada. Por
se tratar de uma doença viral aguda, as pessoas infectadas, em geral, além dos
sintomas clássicos como febre, mal-estar, vômito, diarreia e calafrios, podem
apresentar icterícia (pele amarelada), perda de apetite, náuseas, dores de
cabeça e dores musculares, principalmente nas costas, hemorragias, anúria
(comprometimento dos rins), hepatite, coma hepático e problemas cardíacos que
podem levar ao óbito.
Diagnóstico e tratamento:
Como a doença apresenta sintomas similares ao de outras, é
ideal que seja feito um exame laboratorial para o diagnóstico correto. Em
regiões com surtos, é importante recorrer ao posto médico ou hospital logo que
os primeiros sintomas aparecerem para evitar epidemias ainda maiores. O
tratamento requer atenção médica e suporte em hospital para que o quadro não
evolua com gravidade. Embora não existam remédios específicos para aliviar e
tratar os sintomas, nos casos graves é realizado diálise e transfusão de
sangue. Vale dizer que é importante manter a hidratação e evitar o uso de antitérmicos
com ácido acetilsalicílico.
Vacinas:
A vacina contra a febre amarela está
disponível na rede pública de saúde e também em laboratórios particulares, para
crianças a partir de seis meses de vida e com recomendação de renovação a cada
dez anos.
Dicas importantes:
- Se você vai viajar para regiões com possíveis surtos ou
casos de febre amarela, é importante vacinar-se com pelo menos dez dias de
antecedência.
- O
uso de repelentes é indicado, inclusive nas regiões da nuca, orelhas e mãos.
Para as crianças, fale com o pediatra sobre a melhor marca e ou princípio ativo
para cada idade.
- Usar
roupas compridas (calças e blusas com mangas longas) pode ajudar a evitar
picadas.
- Orientar-se
sobre os sintomas e como buscar ajuda médica também é importante para evitar a
progressão dos sintomas e, também, o contágio em outras pessoas.
- Na
cidade, como se trata do mesmo mosquito transmissor da dengue, as recomendações
são as mesmas – evite acúmulo de água em possíveis locais de criadouros, mantenha
os ambientes limpos e sem entulhos.
Outros textos interessantes para ler:
- Obesidade
infantil - Um problema presente em muitos lares
- A
alimentação além dos aspectos nutricionais
- Saiba
mais sobre a vacinação contra a dengue:
- Saiba
tudo sobre o Rotavírus:
- Febre
– Mitos e Verdades:
-
Meningite:
-
Síndrome Pé-Mão-Boca:
- Uso
de Repelentes Infantis:
- Engasgo
Infantil – primeiros socorros:
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Sobre Dra.
Priscila Zanotti Stagliorio
É
médica pediatra há mais de dez anos, atua na zona norte de São Paulo, em
consultório particular, no Pronto Socorro do Hospital São Camilo – unidade
Santana, e na rede Dr. Consulta – unidades Tucuruvi e Santana. Em seu currículo
possui diversas participações em congressos, cursos de especialização e
atuações em prontos socorros, clinicas e ambulatórios médicos da grande São
Paulo – Capital. Oferece curso personalizado para gestantes e mamães com
recém-nascidos, com o objetivo de ajudá-las na mais importante missão de suas
vidas: ser mãe. Para solicitar informações sobre os cursos escreva para: priscilazs@yahoo.com.br / dicasdepediatraemae@gmail.com
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e ou solicitar. O consultório está localizado na Av. Leôncio de Magalhães, 395,
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