A alimentação além dos aspectos nutricionais
Entenda como é importante estabelecer um vínculo afetivo com
a criança para que ela tenha bons hábitos alimentares
Por Dra. Priscila Zanotti Stagliorio
A hora da refeição chegou e para alguns pais começa uma “batalha” para fazer os pequenos comerem. Já para outros, no entanto, a coisa flui super bem e seus filhos aprendem e se divertem enquanto comem. São dois contrastes que todos nós estamos suscetíveis a vivenciar e não importa a idade da criança, podem ocorrer uma ou mais vezes na vida deles. Os cuidados com a alimentação começam ainda durante a gestação, quando a mãe se alimenta e transmite seus nutrientes pelo cordão umbilical ao bebê.
Depois, ao nascer e crescer, as referências dos hábitos alimentares dos pais continuam, sobretudo entre os 2 e 3 anos de vida da criança. A partir desta idade, começam as influências externas como, por exemplo, na escola, no grupo de amigos, familiares, mídia. É importante, antes de tudo, estabelecer um bom relacionamento para o momento da alimentação ser prazerosa (no sentido de sem estresse) para ambos – criança e quem a alimenta. Ter uma rotina e um ambiente propicio para este momento é muito importante. Manter a higiene constantemente também fazem parte.
Geralmente as mães/cuidadoras são as pessoas que estão na linha de frente da tarefa, que além de decidir o que as crianças irão comer, elas também determinam como serão alimentadas. Porém, não vale julgá-las ou aplaudi-las por suas ações. Neste texto, falo principalmente sobre a importância de estabelecermos uma relação amigável entre a comida, a criança e com a pessoa responsável pela administração das refeições.
Em minha experiência pessoal, como mãe da Lara de dois anos, por exemplo, tento sempre observar a fome e saciedade dela. Não a forço a comer, espero ela demonstrar sua fome para dar a comida (balanceada) e depois espero ela demonstrar sua saciedade. Não forço antes ou depois da refeição. Quando ela diz quero comida, eu dou a comida e depois quando diz não quero mais, não insisto. Após as refeições sempre ofereço uma fruta que ela gosta. Mesmo se a criança comer pouco, mais tarde ofereça a mesma comida ou uma fruta. Está funcionando e sem estresse nenhum aqui em casa e com algumas crianças e mamães, também, que vão ao meu consultório. Vale dizer que mesmo se a criança comer pouco não se deve ficar insistindo, é importante respeitá-la e nunca oferecer recompensas com guloseimas.
Dicas:
• Até os seis meses de idade da criança, ofereça apenas leite materno ou complemento indicado pelo pediatra.
• Continue o aleitamento materno até os dois anos de idade ou mais.
• Após este período, comece o processo de introdução de alimentos indicados pela pediatra ou nutricionista, seguindo uma rotina e cuidados para que a criança entre em contato afetivo com quem a alimenta. Neste aspecto, é importante estabelecer um vínculo positivo para que o momento de comer seja algo positivo.
• Oferecer variedade de alimentos nutricionais de acordo com as necessidades da faixa etária, com legumes, verduras, carnes, aves, peixes, etc.
• Oferecer maior quantidade de líquidos, como suco natural e água.
• Evite açúcar e refrigerantes antes dos dois anos, não são saudáveis e a criança pode perder o interesse por alimentos saudáveis.
• Procure consumir alimentos orgânicos, que além de serem mais naturais, não possuem agrotóxicos e outros procedimentos químicos de conserva.
• Evite, também, produtos industrializados e com muitos conservantes como salsichas, enlatados, com muito sal, etc.
• Respeite cada etapa de vida da sua criança, sobretudo, o tempo em que ela leva para alimentar-se e responder ao estimulo oferecido – seja pela mãe, pelo pai ou cuidador em geral.
O que vai fazer a diferença e resultar em ações positivas na hora da refeição está na maneira em como se alimenta e em como se interage com a criança. É fundamental estabelecer uma relação de carinho e de sensibilidade para com ela, pois desta maneira, além estreitar os laços afetivos, você estará ensinando com amor e dedicação como alimentar-se saudável.
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Sobre Dra. Priscila Zanotti Stagliorio - É médica pediatra há mais de dez anos, atua na zona norte de São Paulo, em consultório particular, no Pronto Socorro do Hospital São Camilo – unidade Santana, e na rede Dr. Consulta – unidades Tucuruvi e Santana. Em seu currículo possui diversas participações em congressos, cursos de especialização e atuações em prontos socorros, clinicas e ambulatórios médicos da grande São Paulo – Capital. Oferece curso personalizado para gestantes, com o objetivo de ajuda-las na mais importante missão de suas vidas: ser mãe. Para solicitar informações sobre o curso de gestante: priscilazs@yahoo.com.br / pediatraonlinetirasuaduvida@gmail.com / contato@jcgcomunicacao.com - coloque no assunto a informação que deseja saber e ou solicitar. Consultório: Av. Leôncio de Magalhães, 395, Santana- SP / 11- 2977-8697.
http://pediatraonlinetirasuasduvidas.blogspot.com.br/2016/08/quando-e-preciso-ir-para-o-pronto.html
Colaboração textual:
Agência Informação Escrita / Agência JCG Comunicação e MKT
Jornalista Carina Gonçalves
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